Faz hoje 255 anos que se reduziu a vida das pessoas a jogos de poder
Houve os que tinham direito a comer, direito a passar fome e direito a morrer
Quando se grita ladrões, geralmente grita-se aos ladrões que estão ao nosso nível
E há quem grite mas não se compromete fisicamente pois arrisca-se...
Os pequenos ladrões por vezes defendem-se
Os grandes não necessitam, estão protegidos pela sua dimensão
Pisou a bandeira do país? (um trapo miserável pisado por quarenta gerações de Ali-bábás)e com a bandeira engoliu os recursos?
O grande diz que estava à espera que alguém o acusasse disso para o
enforcar, esquartejar ou processar(varia com os tempos)
O pequeno nega
O grande diz que antes deles roubavam a nação e ninguém poderia dizer nada
E que agora podemos dizer que nos roubaram a nação
Mas de que serve a liberdade de o dizer se já não temos nação temos dívidas
Valores imateriais que nos obrigam a trabalhar para outros
Pelo direito de os podermos insultar até nos processarem
há pessoas assim que sabem que nada muda e pessoas que pensavam que mudariam algo
reduzir a vida das pessoas a jogos partidários
Um diz que o Coelho da Alice é infantil, porque não percebe os jogos políticos
pretensamente adultos da rainha laranja e da rainha rosa
se o telemóvel de um qualquer Chapeleiro apanha Alice Angélicamente
numa posição religiosa, mas potencialmente comprometedora
ou se um velho menino faz o mesmo a outro menino encanecido
será que alguém ganhou?
E aí temos de perguntar: o que é que nos distingue dos imbecis?
O que faz de nós mais ou menos humanos?
Porque é que matar uma barata (ou um operário)
é menos grave que matar um macaco (ou um político)?
Porque é que matar um gato sagrado (salvador de uma pátria qualquer)
é mais grave que matar 10 formigas (escravas nas piramidais construções)?
Tem a ver com os valores, talvez.
Tem a ver com o funcionamento do cérebro, depende.
assim se de facto pretendemos ser simultaneamente eficazes nos discursos e
democráticos (algo muy subjectivo), importa dizer
que estes grupos que nos dominam, compostos por filósofos, moralistas, etc
trouxeram com eles as suas crenças, preconceitos e valores,
muitas das quais só lhes pertencem a eles
e quem são eles? o povo que deixou de ser povo?
ou o povo que deixou de o ser?
houve continuidade social, repare-se que não escrevo "progresso"
O ponto é que existem fenómenos não explicáveis pela política
Os conceitos de moral e de solidariedade humana, idealmente universais só são
possíveis se existir um consenso
Quando insultamos os valores dos outros, tal como nas sessões dispendiosas feitas
sobre democratização da sociedade
"um conceito obscuro" que servia para arrebanhar uns cobres e comer uns salgadinhos
e em que as crenças de alguns participantes poder popular, evolução social,
eram ridicularizadas, como pode o povo evoluir continuando a ser povo?
Como pode o poder ser poder se é o povo que o tem
a partir dessas crendices a sociedade aparentemente evoluiu na sua estabilidade
mudou na sua imutabilidade
Não digo que exista uma nova sociedade mas também não digo que não existe
Não nego os infantis jogos políticos
mas também não posso refutar a sua idosa aparência velha como o homem
a que chamamos Homo ludens
Komentarų nėra:
Rašyti komentarą