dinheiro que não vem pra cá

2010 m. lapkričio 12 d., penktadienis

DAS PALAVRAS EM LADAINHAS

Não devo, não temo

Não temo ninguém

Quem deve, ao demo

A vida não tem

Os filhos dos filhos

Meus netos não são

Os filhos das filhas

Meus netos serão


Conselhos os velhos

Aos novos dirão

Poupai os restelhos

O gado e o pão

a vida é sofrer

poupando darão

cruzados a haver

e cruzados são

folga de viver

não sintas tristeza

por nunca o gastar

juntar é beleza

anoja-te de dar

não seas tam forte

empresta a medo

pois temendo a morte

não se morre cedo

o luxo avorrece

e traz a mudança

quem luxos padece

não tem alembrança

o luxo soía

trazer a matança

e se alguém dezia

Que dinheiro tem

ou pressa sentia

Do juro que vem

nos campos dormia

pois casa não tem

Do juro que vem

Não fareis alarde

Assi DEUS te guarde

Que o demo te tem

2010 m. lapkričio 1 d., pirmadienis

DOS ESTRIBILHOS NAS PALAVRAS SEM EDUCAÇÃO OU SE EDUCA A ÇÃO OU A SÃO NOS EDUCA

Faz hoje 255 anos que se reduziu a vida das pessoas a jogos de poder

Houve os que tinham direito a comer, direito a passar fome e direito a morrer

Quando se grita ladrões, geralmente grita-se aos ladrões que estão ao nosso nível

E há quem grite mas não se compromete fisicamente pois arrisca-se...

Os pequenos ladrões por vezes defendem-se

Os grandes não necessitam, estão protegidos pela sua dimensão

Pisou a bandeira do país? (um trapo miserável pisado por quarenta gerações de Ali-bábás)e com a bandeira engoliu os recursos?

O grande diz que estava à espera que alguém o acusasse disso para o

enforcar, esquartejar ou processar(varia com os tempos)

O pequeno nega

O grande diz que antes deles roubavam a nação e ninguém poderia dizer nada

E que agora podemos dizer que nos roubaram a nação

Mas de que serve a liberdade de o dizer se já não temos nação temos dívidas

Valores imateriais que nos obrigam a trabalhar para outros

Pelo direito de os podermos insultar até nos processarem

há pessoas assim que sabem que nada muda e pessoas que pensavam que mudariam algo

reduzir a vida das pessoas a jogos partidários


Um diz que o Coelho da Alice é infantil, porque não percebe os jogos políticos

pretensamente adultos da rainha laranja e da rainha rosa

se o telemóvel de um qualquer Chapeleiro apanha Alice Angélicamente

numa posição religiosa, mas potencialmente comprometedora

ou se um velho menino faz o mesmo a outro menino encanecido

será que alguém ganhou?

E aí temos de perguntar: o que é que nos distingue dos imbecis?

O que faz de nós mais ou menos humanos?


Porque é que matar uma barata (ou um operário)

é menos grave que matar um macaco (ou um político)?

Porque é que matar um gato sagrado (salvador de uma pátria qualquer)

é mais grave que matar 10 formigas (escravas nas piramidais construções)?

Tem a ver com os valores, talvez.


Tem a ver com o funcionamento do cérebro, depende.


assim se de facto pretendemos ser simultaneamente eficazes nos discursos e

democráticos (algo muy subjectivo), importa dizer


que estes grupos que nos dominam, compostos por filósofos, moralistas, etc

trouxeram com eles as suas crenças, preconceitos e valores,

muitas das quais só lhes pertencem a eles

e quem são eles? o povo que deixou de ser povo?

ou o povo que deixou de o ser?


houve continuidade social, repare-se que não escrevo "progresso"

O ponto é que existem fenómenos não explicáveis pela política

Os conceitos de moral e de solidariedade humana, idealmente universais só são

possíveis se existir um consenso

Quando insultamos os valores dos outros, tal como nas sessões dispendiosas feitas

sobre democratização da sociedade


"um conceito obscuro" que servia para arrebanhar uns cobres e comer uns salgadinhos

e em que as crenças de alguns participantes poder popular, evolução social,

eram ridicularizadas, como pode o povo evoluir continuando a ser povo?

Como pode o poder ser poder se é o povo que o tem


a partir dessas crendices a sociedade aparentemente evoluiu na sua estabilidade

mudou na sua imutabilidade


Não digo que exista uma nova sociedade mas também não digo que não existe

Não nego os infantis jogos políticos

mas também não posso refutar a sua idosa aparência velha como o homem

a que chamamos Homo ludens